O ar nos ginásios de escalada cobertos também está cheio de partículas finas poluentes.
Esta afirmação é corroborada por um estudo muito sério efectuado por investigadores da Escola Politécnica Federal de Lausana e da Universidade de Viena, cujos resultados foram publicados na revista jornal Ciência e Tecnologia Ambiental Ar.
É uma má notícia para os adeptos deste desporto, muito em voga nos últimos anos, que procuram um escape e uma aventura urbana ersatz.
Segundo as marcas (cerca de trinta foram testadas), devido à sua composição de borracha, próxima da dos pneus de automóveis, a fricção e, por conseguinte, a abrasão das solas dos sapatos de escalada nas paredes dos muros de escalada libertariam substâncias nocivas ou mesmo tóxicas no ar destes espaços, que podem ser bastante amplos, mas que são, no entanto, confinados para os escaladores.
Diz-se que o pó contém 6PPD, um estabilizador de borracha que acaba nos pulmões dos 2 milhões de alpinistas de interior.
Esta poluição está em parte ligada ao êxito desta disciplina, como infelizmente acontece muitas vezes, tal como o vestuário de esqui.
No entanto, os gestores e proprietários de ginásios de escalada já estão a trabalhar para melhorar a ventilação e a renovação do ar, especialmente nas horas de ponta.
Indoor ou não, cabe aos fabricantes e às marcas sensibilizarem-se para o problema e mostrarem um compromisso mais responsável, sob pena de serem banidos pelos alpinistas.
No fundo, é esta a recomendação do investigador Thibault Masset, de Lausanne, que realizou o estudo e que é ele próprio um ciclista praticante.
Para além da escalada urbana, é o conjunto do sector dos desportos técnicos de alto rendimento que deve interrogar-se e desafiar-se, nomeadamente em termos de origem dos materiais e de rastreabilidade dos componentes utilizados e, apesar dos esforços de numerosas marcas, o cume continua a ser alto...
BackBoneStudio.
